22 de fevereiro de 2012

Tá quase na hora!

Início de ano letivo dá frio na barriga. Sempre.

Ainda mais este em que vou trabalhar, apenas, com turmas novas... ( costumava acompanhar as turmas dos dois primeiros anos do curso!)

Ai, que medo!!

Ao mesmo tempo, adoro essas novas aproximações em que  vamos nos aprendendo.

Em 2012, há mais "coisas"  interessantes para acontecer.

Uma delas  é a possibilidade de sermos protagonistas (alunos e professores), repensarmos nossas práticas e colocarmos em ação a proposta pedagógica para o Ensino Médio Politécnico, Curso Normal e Educação Profissional Integrada ao Ensino Médio.

No ano passado, participei de alguns encontros que discutiram essa proposta: é um projeto que nos desestabiliza, nos retira da zona de conforto: entrar na sala de aula, dar o conteúdo, aplicar a prova, corrigir e devolver como nota...

Acho que é uma provocação para deixarmos de ser tão lecionadores  e nos tornar pesquisadores junto com os alunos, assumindo nosso papel de mediadores. (Em pleno no século XXI, com a informação ao alcance de todos,, não nos cabe mais, apenas,  repassar conteúdos e mais conteúdos, certo?!)

Usando palavras do professor Ladislau Dowbor (vale muito assistir ao vídeo que está linkado a seguir!):
Tudo vai acontecer, aos poucos, no modo aprender fazendo (as formações são importantes - óbvio! -, mas que venha a prática, a reflexão sobre ela,  a reelaboração da prática e assim por diante!!!).

Tá bem, isso  mexe com estruturas bastante cristalizadas, que ajudam a manter a  sociedade e tal e coisa. Por isso, ficamos tão inseguros. Mas nossa insegurança não pode nos imobilizar!

Dois vídeos para nos inspirar e nos colocar em movimento:

No primeiro,  fala de Rubem Alves, faço alguns destaques: 
Frequentemente os professores só tem que repetir o que já vem nas apostilas.

Um menino contou a Rubem Alves: Tenho uma professora que é demais, ela manda ler seus livros e grifar os encontros consonantais e os dígrafos.

O que o menino vai fazer com encontro consonantal, pra serve isso? Pra nada. E dígrafo pra que serve? Pra nada.

Era preciso que os professores parassem e dissessem: não vamos seguir os programas, vamos fazer as coisas que saõ essenciais no ambiente em que a criança vive.

Então, eu diria que os professores teriam que fazer sempre essa pergunta: isso que eu vou ensinar serve pra quê?


No segundo, fala da professora Lea Fagundes, também, faço destaques: 

 A gente tem uma educação resistente à mudança, porque os educadores e a educação se encarregam de preservar tudo o conhecimento humanidade produziu. Esse conhecimento tem que ser passado às novas gerações. Então, a escola sempre é um núcleo de resistência às mudanças das culturas.

A tecnologia digital amplia os sentidos do homem e melhora e corrige a percepção. Mas não é só isso: ela amplia a cognição.

Como a educação vai se apropriar dessa tecnologia e como vai entrar na cultura digital?

Por que não é botar computador na escola, nem rede, nem fazer atividades espcificas. É mudar a cultura da escola.

A cultura digital entra  quando mudam-se na escola os espaços, os tempos e os funcionamentos das salas de aula (...)




O que pensas sobre esses temas? Vem para o debate, deixa tua opinião nos comentários!

11 comentários:

Elisete Nunes disse...

Oi amiga! Que bom que estás de volta. Adoro teus textos e tuas falas. Com certeza 2012 é um ano de novos desafios. Eu também estou com um friozinho na barriga. Um novo desafio me aguarda. Espero dar conta do recado. Quero saber se posso postar o teu texto, dando os devidos créditos é claro. Fica com Deus... Beijos...

Marli Fiorentin disse...

Suely!
Bom ano pra todos nós! Também escrevi sobre isso. Que bom, quando todos entenderem a diferença entre educar na cultura digital e aplicar tecnologias na educação. BJ!

Anônimo disse...

Prof. Suely, ainda não me sinto segura para manifestar meu pensamento a respeito pois sinto que preciso mais fundamentação teórica e vivência prática. A questão pontual sobre a relevância do ensino sobre dígrafos, encontros consonantais, etc..., gostaria de ouvir o contraponto dos linguistas. Essas questões são cobradas em concursos públicos atualmente. Isso que escrevo é para ressaltar que a mudança, caso ocorra, não deve ficar restrita somente no que devemos ensinar mas também no que as instituições de ensino superior e as demais instituições públicas ou privadas vão exigir dos alunos lá prá frente.

Anônimo disse...

Prof. Suely, ainda não me sinto segura para manifestar meu pensamento a respeito pois sinto que preciso mais fundamentação teórica e vivência prática. A questão pontual sobre a relevância do ensino sobre dígrafos, encontros consonantais, etc..., gostaria de ouvir o contraponto dos linguistas. Essas questões são cobradas em concursos públicos atualmente. Isso que escrevo é para ressaltar que a mudança, caso ocorra, não deve ficar restrita somente no que devemos ensinar mas também no que as instituições de ensino superior e as demais instituições públicas ou privadas vão exigir dos alunos lá prá frente.

Isabel C. Duarte

Fernanda Castro disse...

Olá, o vídeo do Rubem Alves não conhecia, mas o da Lea sempre rende boas discussões quando faço uso dele em oficinas de TIC´s com professores. Penso que ela dá uma boa chacoalhada nos profissionais com seus argumentos.
Um abraço,
Fernanda

Unknown disse...

Elisete!

Obrigada pelas palavras carinhosas!
Hoje estive com a Cristina e já soube das novidades na coordenação do Elisa!!! Com certeza, farás a diferença, a gente precisa de pessoas comprometidas como tu!!!
Bjs

Unknown disse...

Marli!
É uma caminhada bem lenta a que leva ao entendimento da diferença entre educar na cultura digital e aplicar tecnologias na educação.
Essa é uma boa luta...
Bjs

Unknown disse...

Isabel, uma alegria te encontrar aqui!!!
Tens toda a razão quando dizes que precisamos ter uma boa fundamentação para nos posicionarmos a respeito dessas questões que levanto no post.
Aos poucos vamos construindo nossas referências e encontrando nossos caminhos!

Sobre o ensino de gramática normativa, referido por Rubem Alves, revela o ponto de vista de muitos linguístas. Neste ano vamos debater essas questões na sala de aula.
Com certeza haverá bastante conversa...
O problema não é o ensino de dígrafos, mas o COMO se ensina esses e outros conteúdos gramaticais! É uma questão metodológica!!!

Segunda-feira nos encontramos! Bjs

Unknown disse...

Fernanda!

Muito bom te receber aqui!

Rubem Alves também nos chacoalha, né?
Ele questiona métodos que são usados pela maioria dos professores... pelo menos é o que vejo por aqui!

E a Lea Fagundes... é encantadora...

Abraços!!!

Anônimo disse...

esse site e uma bosta nao tem nada q a gente proucura......

Unknown disse...

Fiquei curiosa, Anônimo: o que procuras? afinal, o que não encontraste e que te deixou tão irado???
Quem sabe... conversando... se apresentando... a gente pode se entender...

Abs