19 de junho de 2009

Censurar obras literárias?! De novo?!

     O texto literário revela muito sobre os costumes sociais, as relações entre as pessoas, expõe o que o ser humano guarda em sua mente e coração, além disso, é através da literatura que o ser humano apreende a complexidade de suas próprias emoções, por meio da catarse e da reflexão (Sônia Aparecida Bittencourt Morski).
     Dia desses, li no Vísceras Literárias, do Leonardo Pastor, sobre a censura feita, pelo Governo do Paraná, ao livro Aventuras Provisórias, de Cristóvão Tezza: 
 
Existem, no romance, algumas linhas - apenas - que descrevem uma cena de sexo. Isso, claro, foi o bastante para que o livro fosse retirado da frente dos jovens.
     O próprio Tezza, no artigo, publicado na Gazeta do Povo, resolve a questão, dizendo Não me adotem e, aos pretensos guardiões da moral e dos bons costumes de plantão nas escolas (me arrepiam! dão medo!), oferece uma luz:

Entre os danos materiais, está o dano moral do autor ao ver um trecho de seu próprio livro, duas ou três linhas, ser reproduzido nos jornais como se fosse um hai-kai, e não parte de um romance de 142 páginas, em que cada palavra se relaciona com o todo e é voz de um narrador-personagem capaz de dar significado à sua linguagem. Notem: não faço uma apreciação de valor. É simplesmente um dado técnico para o leigo entender como uma narrativa produz sentido.
     E não é que essa pauta chegou ao Rio Grande do Sul?

    A vítima da vez é nada menos que Will Weisner, em Um Contrato com Deus e Outras Histórias de Cortiço, O Nome do Jogo e O Sonhador, obras distribuídas pelo Programa Nacional de Bibliotecas nas Escolas (PNBE) do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação do governo federal.

   A situação é semelhante a do Paraná: algumas pessoas enxergaram apenas alguns trechos das obras, reduzindo-as a fragmentos descontextualizados, sem buscar os sentidos do todo (sempre as leituras caolhas!). A partir dessas passagens, emitem o julgamento: são inadequadas aos alunos.

    Num dos jornais do estado: Pedofilia, estupro e adultério são temas para estudantes? : título bastante instigante: há temas que NÃO são para estudantes?!

     Então, “tá”! Vamos pensar junt@s: a história de uma mocinha obrigada a trabalhar, enquanto as irmãs de criação se divertem, é assunto de criança? ou a da jovem condenada a morrer na floresta? ou a de outra que desobedeceu a mãe e virou comida do Lobo Mau? há também a da menina encerrada numa torre… Esses são temas para estudantes?

    Os contos de fada, nos ensina Bruno Bettelheim, um dos maiores psicólogos infantis, em A Psicanálise dos Contos de Fadas, ajudam a criança a realizar quatro tarefas básicas: fantasia, recuperação, escape e consolo. Como não somos bob@s nem nada, desde pequenos gostamos dessas histórias que nos ajudam a expiar algumas culpas cristãs.

    Ainda sobre a matéria do jornal: o subtítulo é, também, muito revelador: SEC desaconselha leitura de livros que abordam assuntos polêmicos.

      E eu que aprendi que uma aula deve partir de uma questão problematizadora: o que faço Paulo Freire?

    Que aprendi que a literatura - as artes – serve como um espelho em que vemos refletidas nossas histórias? Nos auxilia a vivenciar nossas dúvidas, nossos medos, nossos anseios, nossos sonhos, nossas raivas… Nos ajuda a limpar nossa alma! E a viver com menos dores!

      Como a Profe Elaine escreveu: 
 
(…) segundo Aristóteles, a catarse refere-se à purificação das almas por meio de uma descarga emocional provocada por um drama.

(…)

Nestes momentos, Aristóteles, nós agradecemos ao teatro: à tragédia, ao drama, à comédia; agradecemos à epopéia e ao romance; agradecemos, inclusive, à lírica que desprezaste, afinal, purgar as dores diante do papel não é tão doloroso como purgá-la diante de uma vida que se esvai..     
      E agora? O que faço?

     E os contos de Rubem Fonseca? E os contos de Dalton Trevisan? só para nomear dois mestres que cutucam fundo em nossos sentimentos e, muitas vezes, nos chocam, nos ofendem, nos fazem sentir humanos!!

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      A Roseli Venancio Pedroso, do blog Bibliotequices e afins, escreveu (é só clicar aqui!) sobre esse tema, abordando, historicamente, a censura a livros, editores e escritores, durante a ditadura militar no Brasil:
uma nova onda de censura que surge de forma branda (aliás, ela sempre surge assim) e isso desde já, me preocupa.
     A mim também!!!
 
 

14 comentários:

Tati Martins disse...

OI, Suely!
Vc acredita que no início de minha carreira, trabalhando em um colégio de freiras, soube que o livro Harry Potter tinha sido banido de lá, pq se tratava de uma história de bruxos?
Terrível!
Um beijinho!

Roseli Venancio Pedroso disse...

Oi Suely, obrigada pela visita e pelo link em seu texto. Realmente é preocupante tudo isso acontecendo. Taty, conheço colégios religiosos aqui em São Paulo que não entra absolutamente nada sobre bruxos, feiticeiras e demais personagens desse tipo. Agora me pergunto: as crianças que li estudam ficam carentes de literatura afinal, quase toda literatura infantil se constitue desses personagens. Enfim, só podemos lamentar. Mas esse é um tema que ainda falarei mais em meu blog.
Bjs

Unknown disse...

Oi, Tati! Oi, Roseli!

Penso que literatura é literatura e ponto!

Já explico: acho que temos mania de classificar tudo: literatura infantil, de auto-ajuda, para adultos... uma obra é uma obra, não importam muito essas classificações...
O que importa é a forma como ela se encontra com o leitor!
Uma obra é um todo com os possíveis sentidos que serão tecidos pelos leitores!
É nesse encontro autor-obra-leitor que a mágica da literatura realmente acontece!
Não tem nada melhor do que reler um texto passado algum tempo: tantos sentidos diferentes aparecerão. Claro! eu, leitor(a), não sou mais @ mesm@. Isso é a mágica!

Por que, então, proibir, censurar??
A secretária da educação do estado alega que as cenas de violência e de sexo dos livros de Will Eisner vão estimular precocemente os adolescentes! Como se violência e sexualidade não fizessem parte sempre de nossas vidas!
Como já disse a literatura nos ajuda a limpar a alma, a lidar com nossos conflitos...

Roseli, vou aguardar teus posts sobre esse tema... me interessei pelo teu TCC! Quem sabe disponibilizas no teu blog...

Abraços!

Anônimo disse...

Uma Censura Equivocada
Causou-me estranheza e ao mesmo tempo revolta, o fato de ler estampado em Zero Hora notícia sobre atitude da Secretária de Educação do Rio Grande do Sul contra as publicações alcançadas pelo MEC às bibliotecas de escolas públicas brasileiras, entre elas as bibliotecas gaúchas. Tratava-se de uma “recomendação para retirada das prateleiras” dos livros Um Contrato com Deus e Outras Histórias de Cortiço, O Nome do Jogo e O Sonhador, todas de autoria de Will Eisner.
São contos em quadrinhos e, talvez, a interpretação, dada pela Secretária, de que o material seria inadequado para os adolescentes para ser usado como material nas escolas porque estimularia a erotização, o comportamento agressivo e uma percepção inadequada das relações afetivo-sexuais entre adolescentes se deva justamente à força expressiva e realista que Eisner empregou em sua obra, o que já lhe rende alguns pontos. Tratou-se, portanto, de uma “leitura” simplista da obra e demonstra que sequer se observou o contexto das ações, seus personagens, a temporalidade e o texto enxuto, que traz um lirismo objetivo e racional, próximos ao realismo Machadiano ou naturalista de Aluísio de Azevedo.
É sob esse aspecto, que a censura às obras deve ser contestado. Não apenas pela negação ao acesso a uma obra artístico-literária, mas pelo que representa em termos de possibilidades de debate e enriquecimento do ambiente pedagógico a comparação, por exemplo, entre os contos presentes em O contrato com Deus e os capítulos de O Cortiço. Seres humanos bestificados e que transformam seus desejos primitivos na força motriz de suas ações de sobrevivência numa sociedade em formação pode ser a síntese de ambos.
No conto que dá nome ao livro, o que é a ganância imobiliária executada pelo imigrante judeu Frimme Hersch e sua amante, no Bronx em plena recessão americana, senão a mesma ensandecida busca de riqueza e status do português João Romão e Bertoleza nas lamacentas ruas cariocas do final do século XIX? Em O Zelador, há sim pedofilia. Porém com mais singeleza e sutileza que a encontrada em Lolita, de Vladimir Nabokov e que passeia livremente pelas prateleiras de qualquer biblioteca escolar. Eisner, no entanto, mostra a crueldade e poder de sedução de Rosie, que convence Scuggs a pagar para vê-la seminua e em seguida envenena seu cão e rouba-lhe o dinheiro. Ao perseguir a menina, o zelador acaba encurralado e finalmente livra os moradores de sua presença, tomando a mesma atitude de Bertoleza, ao se descobrir escrava novamente.
Apenas a exploração destes livros nas aulas de Literatura e entre alunos do Ensino Médio já promoveria uma série de elementos para debate e produção de textos. Pois o vigor criativo dos autores transita entre o grafismo e as letras, tendo como mesma ferramenta o lápis. E isto, para os adolescentes, seria como optar entre ler o manual ou jogar um game. Ou seja, ambos se complementam e a opção entre um e outro vem de uma escolha pessoal. Justamente o que acontece em O Sonhador, outra obra censurada, cujo personagem central muitos adolescentes se identificariam. Ali, um jovem desenhista enfrenta muitas dificuldades em busca de espaço para seu trabalho, às vésperas da Segunda Guerra Mundial.
A censura às obras é um equivoco e a reparação pode estar no desafio de incluí-las nos projetos pedagógicos das aulas de Literatura, pois o lirismo e arte de Will Eisner não podem ser desperdiçados.
Carlos Pinto
Porto Alegre – RS
Professor de Literatura, Língua Portuguesa e Inglês - Especialista em Direitos Humanos.

Prof. Carlos disse...

Will Eisner para todos
Cineasta Jorge Furtado contesta a origem das polêmicas sobre “inadequação” de obras literárias para estudantes

Chegou ao Sul a polêmica dos livros ditos “pornográficos” adquiridos pelo Programa Nacional de Bibliotecas nas Escolas (PNBE), do governo federal. Boa matéria de Marcelo Gonzatto em Zero Hora (sexta-feira, 19/6/09, pág. 50) informa que “esta semana, quando chegou uma nova remessa ao Estado, uma escola de Alvorada relatou à SEC que considerava as obras de (Will) Eisner impróprias”. A Secretaria Estadual da Educação, segundo a matéria de ZH, mandou “remover das estantes três livros do autor norte-americano Will Eisner por serem ‘inadequados’ para adolescentes”.

É uma pena. As obras em questão são três novelas gráficas, em quadrinhos, escritas e desenhadas por Will Eisner. Não li O Jogador, mas afirmo que Um Contrato com Deus (Editora Brasiliense, 1988) e O Nome do Jogo (Editora Devir, 2003) são obras-primas de um grande artista, e seria um grande serviço da escola pública gaúcha disponibilizá-las aos seus alunos.

A matéria de Zero Hora tem como título uma pergunta: “Pedofilia, estupro e adultério são temas para estudante?”. Minha resposta é sim, é claro que são. É óbvio que cada livro deve ser adequado a idade do aluno, ninguém pensaria em sugerir a leitura de Sade ou Pierre Louys a crianças, mas afirmo que os livros de Will Eisner são totalmente adequados a adolescentes. Mais que adequados, necessários. A ideia de que um assunto deva ser sonegado aos estudantes contraria qualquer noção pedagógica, além do bom senso. “Saber sempre é bom”. Familiarizados com temas como a pedofilia, o estupro ou o incesto, jovens brasileiros talvez possam se sentir mais aptos a evitá-los ou mais encorajados a denunciá-los. É para isso, para aprender sobre nós mesmos, que existe a literatura e a arte, divulgá-las é função da escola.

A polêmica do livros “pornográficos” anda rebaixada, como quase todo o debate público, pelo astigmatismo ideológico que “politiza”, na pior acepção da palavra, qualquer conversa. Em São Paulo foram os petistas que caíram de pau no governo Serra por distribuir livros “pornográficos”. Will Eisner, Manoel de Barros e outros depravados foram citados por gente furiosa, que pedia que o governo estadual paulista gastasse dinheiro com “literatura de verdade”. Aqui a crítica parece que mira o governo federal e o MEC, que comprou os livros. Quase todos os críticos falam das obras “em tese”, informam “não ter lido” mas... José Serra, sem ler, afirmou que as obras eram “de baixa qualidade”, e o governo gaúcho “não descarta recorrer a uma medida judicial para impedir a distribuição” dos livros.

Sugiro aos interessados que, para começar, leiam os livros. Garanto que são de altíssima qualidade e, ao contrário do que afirma a secretária Mariza Abreu, a obra de Will Eisner não “estimula a erotização, o comportamento agressivo” e muito menos “uma percepção inadequada das relações afetivo-sexuais”, ao contrário. A obra de Eisner, assim como a Bíblia, Shakespeare, Machado de Assis, Cervantes, ou a obra de qualquer grande autor, utiliza os temas fundamentais que animam o espírito humano, incluindo aí crimes e pecados. Tratar temas como agressão, adultério ou pedofilia não significa “incentivar” a agressão, o adultério, ou a pedofilia. Significa conhecê-los. Não é esta a função da escola?

* Cineasta, dirigiu, entre outros, “O Homem que Copiava” e “Saneamento Básico, o Filme”

JORGE FURTADO * zero hora de 22/06/09

Patrícia disse...

Suely!
Ando sumida, o Pontes anda meio abandonado, mas por uma boa causa, meu estágio! Hoje, na escola, recebi a "visita" da minha orientadora, ela gostou bastante do trabalho que estou fazendo com a 6ª série, disse que conduzo muito bem a aula e serei uma ótima professora, saí da escola dando pulinhos! Hehehe!
Falando em trabalho, tenho refletido muito sobre isso, confio em mim como profissional e mais do que nunca sei que é isso que quero. Estas minhas reflexões têm me dado muitas ideias e em breve quero colocá-las em prática, talvez por isso, eu deixe de postar no Pontese e no Palavras ao Vento para criar um novo espaço, único, onde postará uma Patrícia mais madura profissionalmente, e pessoalmente também, por que não? Afinal, acho que as ideias amadurecem junto com a gente, e vice-versa. Certamente continuarei visitando o Ufa, assim como espero também receber tua visita neste novo espaço.
Em relação ao teu post, repito tuas últimas palavras... A mim também!
Abraço!

Alcir Martins disse...

eu lia Will Eisner junto com turma da Mônica e Homem-Aranha...

acho q não fiquei mais depravado do q seria sem lê-lo!

Patrícia disse...

Suely!
Como disse no meu comentário anterior, é tempo de amadurecimento, tanto profissional quanto pessoal, é tempo também de mudar de casa, traçar caminhos, agora que estou na reta final da minha vida acadêmica. Por isso, estou passando pra te apresentar meu novo cantinho, os outros já não existem, mas todas as postagens foram migradas pra esse novo espaço, onde espero fazer bonito nessa nova etapa, certamente vou me dedicar muito pra isso. Passa lá, NA JANELA!
Abraço!

( BILIE Jr ) disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
( BILIE Jr ) disse...

OI,SUELY!
SEI QUE ANDEI DESAPARECIDO,MAS TEM UM ÓTIMO MOTIVO,CONSEGUÍ UMA BOLSA PRÉ-VESTIBULAR AGORA ESTÁ AS MIL MARAVILHAS,TRABALHO DE MANHÃ,HÁ TARDE VOU AO CURSO E ANOITE A ESCOLA LINDO NÃO? E SEMPRE QUE POSSIVÉL PASSO POR AQUI.BJS
TOTALMENTE IMPRÓPRIO IMPOR CENSURA NO MEIO LITERÁRIO,MEDIANTE OS RECURSOS QUE SE TEM HOJE!
O QUE É MAIS GOSTOSO QUE VIAJAR NO SONHO,E, EXPERIÊNCIAS CRAVADAS NO DESCONHECIDO,SEI QUE SOU LEIGO PERANTE O ASSUNTO TODO,ENTRETANTO AMO LÊR E NÃO RETENHO-ME APENAS A UM TIPO DE LEITURA, SABES BEM QUE AMO UMA POLÊMICA,E AGORA EU TE PERGUNTO COMO ESTIMULAR O COGNITIVO DE QUEM TEM RESTRIÇÕES A LEITURA
MAS VIVE COM A VIOLÊNCIA E A SEXUALIDADE NAS COMUNIDADES?

(By Bilie Jr)

krika disse...

Sueli, seu blog é muito "culto". Sempre com comenta´rios bem oportunos. Parabéns sempre. Gostaria que visitasse meu novo blog, nele darei enfoque para livros didáticos da Lingua Portuguesa,Ensino Básico. Sinto falta na globosfera de blogs nesta área ,principalmente dos 6ºs ao 9ºanos... Vejo e visito muito de professoras infantis...O seu é bem mais voltado para o ensino médio,não?Venha me dar uma forcinha,tá? Sou tb lá do projetos e ideias e Letras da torre....
linguagemeafins.blogspot.com

Anônimo disse...

Não vou negar que um pouco de pudor é sempre bom, principalmente com relação à crianças. A pureza infantil é algo que deve se transformar sozinho e na hora certa (e cada um tem sua hora), ou seja, as vezes esses livros realmente não devam ser lidos por crianças.

Mas se entendi bem, creio que os livros são destinados à adolescentes, certo? Aí já é outra história. Neste caso eles já têm certa orientação e cabe ao suposto leitor escolher aquilo que deve ler ou não.

Você citou que a literatura nos serve como espelho e eu lembrei de Oscar Wilde e seu polêmico "O Retrato de Dorian Gray". No prefácio da segunda edição, após ter sido preso por causa do livro, Wilde escreveu o seguinte: "O que a arte espelha realmente é o espectador e não a vida." E deixa claro que "não existem livros morais ou imorais. Os livros são bem ou mal escritos. Eis tudo!"

Aliás, o prefácio completo é um desabafo e tanto de um autor esculhambado pela crítica!

krika disse...

Olá Suely
Obrigada pela visita no linguagem
Lá no projetos e ideias eu tenho postado muitas atividades de linguagem,passe por lá também.
Já colqouei o ufa lá no smeus favoritos do linguagem e estou aqui te seguindo...Beleza de net não? Amo tudo isso!

Ricardo Pinto disse...

Beleza de post!
Vivemos em uma época onde os Poderes Sociais, aqueles que dão as cartas em nossa sociedade, promovem uma verdadeira imbecilização da infância e da adolescência sob a desculpa esfarrapada de que estão a protegê-las. Nossas crianças e nossos adolescentes são pessoas inteligentes e conscientes, possuem uma cultura peculiar às suas faixas etárias, mas acima de tudo, estão atentas aos fatos que as rodeiam. Precisamos formar cidadãos e não fantoches de uma casta dominante que procura de todas as formas manter as rédeas da sociedade e assim garantir um poder sem limites. Parabéns Profª Suely pelo blog sendo que já o inclui em minha leitura diária. Estarei também linkando em meu próprio blog. Abraço forte a todos os leitores. Ricardo Pinto.