Minicontos para formar leitores e leitoras!

 

Adeus conto de fadas
2a edição, 7 Letras, Rio de Janeiro,
2006, 84 pág, minicontos juvenis


Prêmio Jabuti
Prêmio Açorianos
Prêmio O Sul - Nacional e os Livros
Livro do Ano da Associação Gaúcha de Escritores

Quem já não mentiu ter perdido a virgindade? Quem já não incomodou para pegar o carro aos 16? Quem já não teve a sensação de que nasceu no mundo errado, ou pelo menos na casa errada? Quem ainda acredita em conto de fadas? (essa apresentação está aqui no site do autor).

     No início do ensino médio, temos ainda pouc@s leitores(as) de literatura… Por isso, vou, de mansinho, seduzindo-@s com textos curtos – poemas, contos… Quando menos esperam - pronto! - já estão às voltas com novelas, com romances…

     E como sou uma leitora meio compulsiva de Dalton Trevisan… sempre gostei dos temas que desnudam, da linguagem seca, das frases curtas, da concisão… o que deixa um baita espaço para o leitor…. e como seus contos, em alguns momentos, se apequenaram - Ah, é?, 234, 111 Ais, Pico na veia - e ficaram mais plurissignificativos… Trevisan cai como uma luva: atende a curiosidade de ler sobre amor, sexo, raiva, tesão… e atende a necessidade de rapidez: os contos não demandam muito tempo de leitura: sabe como é, em épocas de web, msn, orkut… as coisas não podem ser muito longas. A gurizada adora!

     Os primeiros minicontos causam estranhamento: como assim um texto? só isso? tem certeza que é toda a história? é poema? é literatura?

     E o encantamento vai nascendo… a identificação vai se fazendo … e com ela @ leitor(a)!

     Separei uns livros – dos muitos que o MEC enviou para as escolas no início do ano - para as férias de julho! Entre eles adeus contos de fadas (minicontos juvenis), de Leonardo Brasiliense.

     No primeiro momento pensei: como sou desinformada, nunca tinha lido esse cara… mas, depois, ainda bem: pude vivenciar o prazer da descoberta!

     São histórias deliciosas feitas sob medida para nós, pessoas (ou que já passamos dos quinze ou que estamos por aí ou que vamos chegar daqui a pouco…). No tom às vezes irônico, às vezes engraçado, às vezes melancólico, sempre surpreendente, nos reconhecemos…

… a primeira menstruação, a voz que troca, as excursões com a turma da escola, os beijos, a virgindade, a sexualidade, a miopia, as bonecas, a desigualdade, as brigas dos pais…

    Aqui está o site do autor para ser visitado! Não dá para deixar de ler!

    Me permito o último conto da obra:

PRA FECHAR

Ser criança era moleza.