Senhoras, senhores, boa noite!
Queridas afilhadas! Educadoras do século XXI! Muito chiques!
Estou feliz por estarmos juntas mais uma vez! Hoje de uma forma ampliada, com nossas famílias, nossos amigos!
E o melhor: comemorando o encerramento do curso!
Um curso como tantos outros, em que aprendemos muito, fomos desafiadas, em que lidamos com contradições (bem ao gosto do professor Antenor!)!
Mas o curso que vocês escolheram! Com o qual algumas sonharam durante anos, outras interromperam o sonho para retomá-lo mais tarde, houve até quem nunca antes tinha cogitado...
Como diz Paulo (sabem aquele a quem vocês foram apresentadas na etapa 1!):
Ninguém nasce educador ou é marcado para ser educador. A gente se faz educador, a gente se forma como educador permanentemente, na prática e na reflexão sobre a prática.
E foi com gente assim – educadoras em construção, a Rosinha e a Keithy -, que me encontrei, no desfile da semana da pátria, quase na Presidente Vargas! Naquela ocasião, elas, aliviadas, me disseram: “agora só vai, profe! Conseguimos chegar ao Sete de Setembro!” Aliviadas e orgulhosas, usando os lencinhos que identificavam a escola em que faziam estágio - desta vez, estariam no pelotão dos professores.
Como assim? orgulhosas por ser professoras? e as péssimas condições de trabalho? e os alunos desrespeitosos? e o salário tão baixo?
É claro que isso nos preocupa, não é mesmo, gurias?! Mas não nos paralisa, pois temos esperança e certeza de que
somos fundamentais para que o Brasil tenha um futuro que valha a pena.
Em outro momento, me encontrei com a Ana Valéria, lá na Escola Cabo Luiz Quevedo, se construindo como professora, sabendo-se fundamental para aquelas crianças, ao contar a história da pipoca, entre panelas, colheres e espiga de milho.
E o que dizer da Cleia que, juntamente com a Keithy e a Rosa, viraram as Três Mosqueteiras do Roberval: “uma por todas, todas por uma”! Lindo de ver!!! Tão diferentes! Tão parceiras!
Ah! E houve, o reencontro com a Delita – recém casada, em lua de mel, com um bebê a bordo e professora – parabéns! Uma prova de que tudo tem seu tempo, né, Delita?
Por tudo isso, sinto que estamos mais fortes, mais alegres, mais ousadas...
Tem até aluna aprovada no concurso do município: parabéns Vânia! Tu nos dizes que é possível!
A gente teceu uma bonita história: é claro que não somos mais as mesmas de março de 2010... hoje estamos aqui, juntas, reafirmando um grande compromisso: lutar por uma educação de qualidade para todos! As crianças merecem! A gente merece! O país merece!
Nas minhas navegações pela web, li uma seguinte metáfora que partilho com vocês: um livro em geral tem um prefácio, uma introdução.
Esse prefácio foi escrito por todos nós, aqui no Elisa: equipe diretiva, coordenação pedagógica, comissão de estágio, professores, alunos...
A partir de hoje, vocês protagonizam a escrita desse livro!
Sejam autoras criativas de uma obra repleta de poesia, encantamento, criticidade, humildade, amorosidade!
Tenham sensibilidade para dialogar, respeitosamente, com os alunos !!
Façam a obra que este país precisa. Façam da vida de vocês e dos que as cercaram uma obra com sentido, ética e dignidade.
É um prazer conviver com vocês - não, não vou usar o verbo no passado, pois vamos manter nossas conexões (online, também, hein! Afinal, somos professoras do século XXI!). É um prazer conviver com vocês, conhecer um pouquinho de cada uma...
Acima de tudo, é muito bom sonhar junto!!!
E vamos na companhia de Darcy Ribeiro:
Sempre há o que aprender, ouvindo, vivendo e sobretudo, trabalhando, mas só aprende quem se dispõe a rever as suas certezas.
Para encerrar: gurias, agora, colegas professoras - ontem eu avisei que ia ter “esse momento lindo” - fiquem em pé, por favor: levantem, desta vez, o braço esquerdo na vertical, bem alto e repitam comigo: eu prometo sempre ter paixão por aprender!
Obrigada!
Sejam felizes!
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