24 de fevereiro de 2009

Causos com computadores: parte três

A gurizada em ação!

No final da etapa I, em que o foco é a compreensão da realidade sob o ponto de vista do desenvolvimento*, @s alun@s fazem o relato das vivências na escola, refletindo sobre as práticas, sobre as aprendizagens, sobre as mudanças.
 
Em geral, embora as tentativas de trabalho interdisciplinar, esse texto fica a cargo da professora de língua portuguesa – eu!
 
Propus: “Vamos criar o texto no computador?!”
 
Foram algumas tardes de trabalho… Muit@s alun@s, sem acesso aos pcs, não sabiam como usar o teclado nem os recursos do editor de texto – BrOffice.org  Writer.
 
Aos poucos, fomos superando, de maneira colaborativa, essas dificuldades “técnicas” e o relato foi saindo…
 
Aí, percebo algo fascinante: mesmo sem Internet, o uso dos pcs faz a diferença.
 
A relação com as ferramentas de edição – colar, copiar, recortar, deletar, diferentes fontes, negrito, cor… – possibilita uma nova forma de construir texto – sem folha, lápis, borracha.
 
A reescritura fica mais fácil e prazerosa. “Com lápis e papel, dá uma preguiça de refazer…”, diziam.
 
Entra, também, o aspecto lúdico: cada um queria uma fonte especial, uma cor, um detalhe…
 
Como a escola não tem impressora instalada, levei os textos num pen drive para imprimir em casa, a fim de que pudessem entregar o trabalho à coordenação pedagógica. Ao terem os textos nas mãos, os olhares eram só de felicidade…
 
Depois, li “Uma rede que aprende e ensina”, de Alberto Tornaghi, no Salto para o Futuro: educação digital e tecnologias da informação e da comunicação, que mostra exatamente isso que tínhamos vivenciado:
A presença das TIC na escola modifica o que podemos fazer, cria novas possibilidades. Elas não são apenas uma  ferramenta, são mais um conjunto de elementos da rede que modificam o que e como se produz na escola, modificam o que e como produz a escola (a escola é, em si, uma rede que produz).
 
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* A proposta político-pedagógica de nossa escola, “construída coletivamente, baseada na Pedagogia de Paulo Freire, trabalha com a metodologia investigativa e emancipatória, está organizada em seis etapas que partem da compreensão da realidade, do debate sobre a formação cultural, da relação ética e humanista do ser humano com o conjunto da natureza, dos espaços de gestão e relações de poder, das políticas públicas e das alternativas de desenvolvimento.

Um comentário:

Alcir Martins disse...

SU!!!!!!!
Que lindas fotos da gurizada.....

A equipe técnica da telefonia esteve lá na escola antes do carnaval, disseram que estão aguardando para breve o contato do MEC liberando a Banda larga. Penso que em breve além de tudo isso que vc falou e viveu, tb estaremos na rede!!!!!!!!!!

A Daniela e Luziana se transferiram para outra escola... mas acredito que voltarão...
bueno!! até quinta!!!!!!!!!!!!