30 de novembro de 2009

Distribuição de selos!

Escrevi aqui sobre os selos que vamos enviando uns (umas) para @s outr@s numa grande teia…

Continuo achando legal e me sentindo lisonjeada quando alguém lembra do Ufa!

No início, dava continuidade … depois, comecei a perceber que nem tod@s ficam confortáveis com a indicação… e que não há a obrigatoriedade em dar seguimento ao meme…

Então, optei por guardá-los com carinho neste lugar especial… verdadeiros mimos!

Valeu, mesmo!!!

E @s parceir@s que desejarem podem se sentir à vontade para levá-los aos blogs!!!

 O selinho abaixo recebi da Elisete, colega de escola e de blogosfera - blog Borboletas!



22 de novembro de 2009

Um olhar sobre psicanálise e educação

655C32_1 (… mais   algumas reflexões instigadas pelo curso de Especialização Tecnologias em Educação (PUCRJ/MEC), de que participo como aluna desde setembro…)


Trabalhei  numa escola pública estadual pautada na pedagogia freireana. Ali, nas  formações semanais, garantidas pelo Projeto Político Pedagógico, e nas práticas cotidianas, aprendi a olhar de forma mais amorosa, mais rigorosa, mais humanizada, mais solidária, para os educandos e as educandas.

Lendo o referencial teórico proposto na unidade 5, da disciplina Concepções de Aprendizagem, revi, sob a ótica da psicanálise, muitas ações desenvolvidas nessa escola.

Uma das principais contribuições de Freud, e que  Paulo Freire reafirma, é “a necessidade de se ter um olhar individualizado para nossos alunos”. Em busca desse olhar, a escola a que referi realizava (realiza) um movimento muito interessante de conhecimento da realidade: professores e alunos saíam (saem) para a comunidade a fim de interagir com as famílias. Outra atividade fundamental era (é) a escrita da autobiografia: cada educando conta um pouco de suas vivências... Isso nos permitia entender melhor cada aluno e tentar, a partir daí, buscar estratégias para a superação de limites.

Penso que essas são algumas possibilidades de experienciar o que Freud propôs: “reconhecer a individualidade constitucional da criança (no caso da escola em que atuei, dos adolescentes); discernir, a partir de pequenos indícios, o que está se passando na mente ainda imatura dela e dar-lhe a quantidade exata de amor e ao mesmo tempo manter um grau eficaz de autoridade”.

Outra questão que gostaria de trazer para cá, por ser fundamental nas relações de ensino-aprendizagem, é o papel do professor: modelo de identificação “e de quem o aprendente cria uma idealização de dono do saber”.

Muito importante que os professores não se perpetuem nesse papel (donos do saber) e abram espaços para que o “aprendiz legitime, re-signifique criticamente, por si mesmo, o que lhe é ensinado”.

Essencial, também, que desempenhemos a função de maternagem, preparando os “alunos para construir o seu conhecimento e entender melhor o mundo”, e a função paterna “dando (aos alunos) os limites necessários”.

Inquestionável o papel do educador: “um dos modelos significativos que ajudam o ser humano a constituir seu eu”! Não é fácil, bem sei...

Para que se consiga minimamente desempenhar esse papel é necessário um refletir constante sobre as práticas. Ainda há muitos professores que apenas dão conteúdos e mais conteúdos, e ignoram a dimensão social, a dimensão afetiva em suas relações com os alunos.

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Observação: os trechos entre aspas são da professora Maria Apparecida Mamede-Neves, das aulas  da disciplina Concepções de Aprendizagem.


20 de novembro de 2009

Gadgets do Ufa!: “memorial”

Na Wikipédia:

Gadget (do Inglês: geringonça, dispositivo) é uma gíria tecnológica recente que se refere, genericamente, a um equipamento que tem um propósito e uma função específica, prática e útil no cotidiano. São comumente chamados de gadgets dispositivos eletrônicos portáteis como PDAs, celulares, smartphones, Leitores de mp3, entre outros. Em outras palavras, é uma "geringonça" eletrônica. Na Internet ou mesmo dentro de algum sistema computacional (sistema operacional, navegador web ou desktop), chama-se também de gadget algum pequeno software, pequeno módulo, ferramenta ou serviço que pode ser agregado a um ambiente maior.

Nesta página, vou guardar algumas dessas geringonças que usei em 2009 no Ufa!…

De certa forma, elas ajudaram a construir a identidade do blog…

Por que as retirei?

Porque, agora, quero um layout bem magrinho! Só o essencial!

  • Gadget 1:  um convite aos leitores e às leitoras… revelava a proposta do blog… o que entendia/entendo sobre essa interface!

Puxando assunto...

Até que enfim... Tomei coragem... e Ufa! Bloguei!
Este espaço é uma primeira trama...
Nele vou ensaiar - descobrir as linguagens dos blogs - para depois estrear.
Por enquanto, pretendo tecer idéias, sentimentos, aprendizagens, vivências, indignações, sonhos... meio no singular. Aos poucos, o plural vai sendo construído.
Topas?

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  • Gadget 2: frase de Paulo Freire que expressa minha relação com a educação: amo o que faço, me entusiasmo com a partilha do conhecimento, vibro nos encontros com @s alun@s… as salas de aulas devem estar recheadas de alegria,  de pesquisa, de certezas, de dúvidas…

Paulo Freire

“A alegria não chega apenas no encontro do achado, mas faz parte do processo da busca. E ensinar e aprender não podem dar-se fora da procura, fora da boniteza e da alegria."

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  •  Gadget 3: essa ideia da professora da UFRGS complementa a de Paulo Freire… Gosto do compromisso de buscar alternativas, de estar em movimento, de fugir do imobilismo, de lutar por uma educação com mais qualidade (busca permanente)

Utopia possível

"... não quero uma escola que fecha as portas para os sonhos, que não busca alternativas e que, por isso, debita na conta da sociedade todos os seus males. Ao contrário, sou do time que acredita no projeto de uma escola possível e feliz, que vai se superando num conjunto de lutas políticas maior." (Maria Isabel H. Dalla Zen)

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  •  Gadget 4: uma brincadeira: os títulos de obras de que gosto muito e que são bastante provocativos (os títulos e as obras!).

Títulos tudo a ver

  • "A vida sexual da mulher feia" - Cláudia Tajes
  • "Capitu sou eu" - Dalton Trevisan
  • "Diogo e Diana em meu vizinho tem um rottweiler (e jura que ele é manso...)" - Tabajara Ruas e Nei Duclós
  • "Gramática: nunca mais" - Luiz Carlos de Assis Rocha
  • "Literatura brasileira: modos de usar" - Luís Augusto Fischer
  • "Minhas histórias dos outros" - Zuenir Ventura
  • "O livro dos abraços" - Eduardo Galeano
  • "O menino que vendia palavras" - Ignácio de Loyola Brandão
  • "Pedagogia da esperança" - Paulo Freire
  • "Porque Lulu Bergantim não atravessou o Rubicon" - José Cândido de Carvalho
  • "Portos de passagem" - João Wanderlei Geraldi
  • "Quem ama literatura não estuda literatura" - Joel Rufino dos Santos

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  • Gadget 5: uma forma de divulgar o trabalho de professores e de professoras blogueir@s!

Espaços de aprendizagem…

Blogues para professores (Prof. Sérgio Lima): "Um curso para quem deseja usar o B2Evolution e/ou blogues como ferramenta de apoio a aprendizagens e/ou ensino."
Produção dos edublogueiros: prêmios, entrevistas e projetos relacionados aos membros do grupo Blogs, Internet e Web na Educação
Revista Tecnologias na Educação, ano 1, número 1

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Gadget 6: tutorial para os leitores e para as leitoras nov@s de blogs… incentivando a ideia de diálogo que fomenta a existência dos blogs

Blog: espaço de diálogo

A ideia é construirmos coletivamente o Ufa!
Tua contribuição é fundamental!
Espero teu comentário!
Em caso de dúvida, clica
aqui!

15 de novembro de 2009

Para se deliciar: um “concerto de leitura”!

     Retomo o texto de  Rubem Alves a que  referi anteriormente (aqui!):
Todo texto literário é uma partitura musical. As palavras são as notas. Se aquele que lê é um artista, se ele domina a técnica, se ele surfa sobre as palavras, se ele está possuído pelo texto – a beleza acontece. E o texto se apossa do corpo de quem ouve.
     Agora, te convido: ouve o concerto que  outro Rubem, o Fonseca, nos proporciona, ao ler um trecho de O seminarista – romance  lançado pela editora Agir, neste novembro!!!



    
     Fiquei atordoada… José Rubem me deixa incomodada… por isso, leio com prazer suas provocações…

     Já encomendei o livro!!! Depois, conto mais…

12 de novembro de 2009

Vamos realizar “concertos de leitura”?


     Na aula de hoje, lemos O prazer da leitura, de Rubem Alves.

    Era como um encerramento da disciplina de literatura, no terceiro ano do Curso Normal em Nível Médio… Uma despedida…

     Me sinto contemplada com as ideias de Rubem Alves sobre a formação de leitores e leitoras:
Tudo começa quando a criança fica fascinada com as coisas maravilhosas que moram dentro do livro. Não são as letras, as sílabas e as palavras que fascinam. É a estória. A aprendizagem da leitura começa antes da aprendizagem das letras: quando alguém lê e a criança escuta com prazer. “Erotizada“ – sim, erotizada! – pelas delícias da leitura ouvida (…).
     Esse fascínio deveria começar em casa… quando não, a escola necessita assumir o compromisso!
 
     Entramos, então, em cena, nós, @s professores(as)!

     No primeiro momento as delícias do texto se encontram na fala do professor. Usando uma sugestão de Melanie Klein, o professor, no ato de ler para os seus alunos, é o “seio bom“, o mediador que liga o aluno ao prazer do texto.

     Uma baita responsabilidade… uma prática imprescindível!!! não podemos adiá-la…

    Em especial na educação infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental, as aulas devem produzir a paixão pelo texto, principalmente o literário… Se a escola não trouxer literatura para as crianças, em que espaço se dará esse encontro???

     Fiz esse convite às meninas e aos meninos da 31 A… Tomara que elas e eles o aceitem… e tornem suas aulas “concertos de leitura“ e busquem a beleza musical do texto literário!

     Ler é fazer amor com as palavras. E essa transa literária se inicia antes que as crianças saibam os nomes das letras. Sem saber ler elas já são sensíveis à beleza. E a missão do professor? Mestre do kama-sutra da leitura...


6 de novembro de 2009

Integração de mídias: outro jeito de ensinar e de aprender




“A simples introdução dos meios e das tecnologias na escola pode ser a forma mais enganosa de ocultar seus problemas de fundo sob a égide da modernização tecnológica. O desafio é como inserir na escola um ecossistema comunicativo que contemple ao mesmo tempo: experiências culturais heterogêneas, o entorno das novas tecnologias da informação e da comunicação, além de configurar o espaço educacional como um lugar onde o processo de aprendizagem conserve seu encanto” (Jesús Martín Barbero).
      As tecnologias e mídias estão nas escolas. Algumas há bastante tempo – a televisão, o vídeo, o DVD; outras, mais recentemente – o computador, a Internet. Sem falar em mídias mais tradicionais como o rádio, o jornal, o livro. Em qualquer forma, elas são “interfaces que nos possibilitam captar e interagir com o mundo”. E assim devem ser tratadas: como possibilidades de trazer o “mundo para a escola”.

      Por isso uma das tarefas mais urgentes é “compreender e incorporar as novas linguagens, desvendar os seus códigos, dominar as possibilidades de expressão e as possíveis manipulações”. E dessa forma, “propiciar aos alunos a utilização das mídias para a expressão de idéias, a produção de conhecimento, a comunicação e a interação social”.

     Como a escola ainda está centrada na fala do professor, as mídias são usadas para apenas transmitir informações, seguindo o modelo tradicional das aulas. É como se substituíssem o professor no papel de repassar os conteúdos. Um exemplo são os vídeos para complementar o que foi passado na aula; outro, o da Internet para “pesquisa”, em que somente se copia e cola. Em nenhum caso, se explora a possibilidade de autoria.

     Penso que os espaços de formação continuada, além de trazer as reflexões necessárias sobre as “especificidades dos recursos midiáticos”, poderiam ser momentos de planejamento interdisciplinar em que se desenvolveria a integração de mídias à prática pedagógica.
       Aí, entra a pedagogia de projetos viabilizando “a integração das mídias e de conteúdos de diferentes áreas do conhecimento, bem como o trabalho em grupo, que favorece o desenvolvimento das competências, as quais se tornam cada vez mais necessárias na sociedade atual.”

      E não precisa nenhum projeto mirabolante que exija este ou aquele suporte...

      Quem sabe explorar a linguagem da televisão a que todos têm acesso, buscando novas leituras, novos olhares, trabalhando os gêneros textuais televisivos, quebrando o paradigma da neutralidade... e criando os próprios programas (os roteiros), direcionados a públicos definidos... Assim, o aluno constrói conhecimento, vivencia a autoria.
      É inquestionável que o professor, para sair do estado confortável de sua ação pedagógica, deve estar “preparado para compatibilizar formas de diálogos e mediatizações entre as mídias, orientando o seu uso de forma significativa e adequada ao contexto da sala de aula, às demandas dos alunos e à realidade da escola.”

      Sei que não é fácil, mas, se não pesquisamos, como instigar o aluno para a investigação? Se não escrevemos, como formar produtores de textos? Se não compartilhamos informações, conhecimentos... e por aí vamos...

      Por isso precisamos (re) aprender a pesquisar, a nos comunicar, a partilhar conhecimento, a publicar, a aprender em rede... experimentar a autoria, para poder provocar os alunos a serem autores também!

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      Observação: os trechos entre aspas são da professora Elisabette Prado, das aulas da disciplina Mídias na Educação, no curso de especialização Tecnologias em Educação.