27 de novembro de 2012

Sobre livros e mediadores de leitura


biblioteca_basica

Educar para crescer é um projeto do Grupo Abril que, entre as ações, está um portal sobre educação.

Nele, volta e meia, aparecem testes  simpáticos do tipo Qual personagem de Monteiro Lobato você é? 

Pois é, sou o Visconde!

Ou Que poesia infantil combina mais com você?

Combino com a  poesia bem-humorada, por exemplo,
O médico é o monstro? 
O médico nunca me disse:
– Sorvete. Tome sorvete.
– Picolé, três vezes por dia.
Doutor é contra a alegria.
Adora remédio, adora injeção!
Doutor, ora, Doutor...
O certo é Dou-dor, isso sim,
por que não? (Cláudio Thebas)
Sim, eu corro para responder e me descobrir! ;)

Mas não é sobre testes  que quero falar...

Faz um tempão que tive acesso à Biblioteca Básica - o que ler dos 2 aos 18 anos para ter uma ótima formação e chegar com boas referências à vida adulta - (sub-título de respeito esse, né?!) divulgada no site.

Comecei a passear pelas sugestões feitas  por 18 educadores...  204 obras, distribuídas mês a mês  a partir dos dois anos.

Quer dizer, nenhum absurdo ou tarefa irrealizável... um livro por mês, um objetivo fácil de se alcançar. Ou não?

De acordo com Regina Scarpa - especialista em educação infantil-, uma criança, aos dois anos, deve ler:


As indicações são muito bacanas. Não li todas essas obras ainda, mas os autores garantem a qualidade dos textos!

Passeando pelas idades e pelas sugestões, não há reparos a fazer!

No entanto, me ponho a pensar: se o acesso às obras - se não as do site, outras de qualidade também - está cada vez mais fácil, pois o MEC envia bons acervos às escolas, o que falta, então, para que os livros cheguem aos alunos?

Observo, por exemplo, que, aproximadamente, até o quinto ano os professores   leem junto com os alunos.  Depois, a gurizada fica meio abandonada, sem referências de leitura/leitores.

Então, por que somos parceiros de leitura dos alunos, apenas, nos anos iniciais?

Por que, nas aulas de língua portuguesa, do sexto ao nono ano, quando a disciplina literatura não está, ainda, institucionalizada,  insistimos em levar fragmentos de obras - reproduzidos em xerox ou os que aparecem em livros didáticos -  como se  bastassem? 

E solicitamos que os alunos façam,  em geral,  a interpretação  a partir de questões, digamos, óbvias, em que  devolvem o texto simplesmente, sem buscar as entrelinhas? E o pior, para que os alunos analisem a que classes gramaticais pertencem as palavras de um poema? Assim, só para classificar, como se isso fosse a tal gramática contextualizada (?!).

E no ensino médio, largamos os alunos em Cinco minutos e A viuvinha, de Alencar... 

Poucos, muito poucos conseguem encarar essas obras e tantas outras - lindas! - sem a mediação do professor ou de um leitor mais experiente.

É bom que nós, professores de língua e literatura, nos lembremos, com Bartolomeu Campos de Queirós, que
A literatura (arte) não é servil. Ela só existe em liberdade, e seu compromisso é para com a revelação. Para tanto persegue a beleza. Daí, todas as vezes que a escola lança mão da literatura, quer transformá-la em "instrumento pedagógico", mesmo cortando as asas do leitor para um voo amplo, desmedido, desfronteirado. A escola reduz as funções maiores do texto literário e o transforma em objeto de convergência, sem escrúpulo. Se o texto é usado para saber aonde o autor quis chegar, é melhor pegar o telefone e perguntar ao escritor. Se ele souber, ele responderá e não haverá desperdício de tempo
Que tal, então, fazer rodas de leitura com os alunos? Transformar esses momentos em diálogo a partir dos textos, intermediados pelas vivências, pelos sonhos, pelas culturas que passeiam nas salas de aula?




1 de novembro de 2012

Como começa? Escrita colaborativa (exemplo)



Olá, meninos e meninas!

Hoje, vamos realizar uma experiência muito legal:  criar um texto em grupo e online! :)

Combinados: respeitar as ideias dos colegas e deixar a criatividade rolar solta!!!

Mãos à obra!

Cada grupo clica no link correspondente e boa diversão!